HOMENS E TERAPIA, AINDA UM TABU A SER DESCONSTRUÍDO.

É comum entre os homens a baixa procura por terapia e consultas médicas. Um dos motivos é a construção social que se arrasta por longos anos de que o homem deve ser forte, não pode chorar e precisa ser o provedor do lar. Frases como essas contribuem com a baixa procura por cuidados pessoais.

Essa falta de cuidado dos homens aponta para números que traduzem bem as consequências de não se cuidar. No Brasil, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a taxa de suicídios entre homens pode ser até 3 vezes mais que entre as mulheres representando 75% dos casos.

É verdade que o pensamento está mudando, porém a passos lentos. É necessário continuar desconstruindo a ideia de que o homem deve sempre ser inabalável. Os números de suicídio retratam bem que os homens também sofrem, mas que por não terem um ambiente favorável para expressar suas angústias por vezes procuram caminhos que ao invés de ajudar causam mais dor e sofrimento.

Fazer terapia não é sinônimo de fraqueza e sim de autocuidado, por isso se você está sofrendo ou conhece alguém que precisa de ajuda incentive essa pessoa a procurar auxílio para seus sofrimentos.

Por que fazer terapia?

A terapia ou psicoterapia, é um tratamento que pode auxiliar em questões emocionais e comportamentais da pessoa.
Algumas pessoas procuram terapia por indicação médica para tratar causas específicas, entre elas podemos citar a ansiedade, transtornos de humor, depressão, vícios e estresse. No entanto, a busca por terapia pode acontecer por opção própria e assim alcançar benefícios como autoconhecimento, melhora nos relacionamentos, melhora na saúde mental e física, além de contribuir no enfrentamento de situações difíceis.

Esses são apenas alguns motivos pelos quais alguém pode fazer terapia, cada pessoa tem sua motivação e necessidade, por isso é muito importante buscar ajuda profissional e entender a própria demanda.

Buscar ajuda terapêutica não deve ser entendida como sinal de fraqueza, pelo contrário, é preciso ter coragem para reconhecer os próprios limites e aceitar ajuda especializada.

👉Aqui na Clínica da Família você encontra terapia individual para: adolescentes, adultos e idosos!
Nossos profissionais que atendem terapia individual:
🔹 José Ricardo Salines
🔹 Mayara Marques
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ANSIEDADE NORMAL X TRANSTORNO DE ANSIEDADE

Diante de uma ameaça real ou potencial o cérebro entra em estado de alerta, ocasionando uma descarga de cortisol e adrenalina. Os dois hormônios que foram liberados preparam o corpo para a resposta de luta ou fuga diante do perigo real ou potencial. Esta manifestação é uma reação normal. Contudo, quando provoca sofrimento, ou seja, quando apresenta sintomas físicos, passa a ser considerada patológica, o que chamamos de Transtorno de ansiedade, pois chega a provocar distúrbios orgânicos. (Lent 2010)

Identificando o ataque de ansiedade

  • Aumento da frequência respiratória
  • Sensação de sufocamento
  • Sensação de que irá desmaiar
  • Tensão muscular
  • Formigamento
  • Pele fria e pálida
  • Aumento do suor
  • Diminuição da produção de saliva e sensação de boca seca
  • Aumento dos batimentos cardíacos
  • Aumento da pressão arterial
  • Medo extremo e repentino
  • Dor no estômago
  • Enjoo
  • Diarréia aguda podendo ser acompanhada de uma constipação

Todos esses sintomas acontecem com o objetivo de preparar o corpo para enfrentar as ameaças que estão eminentes. Dessa forma o corpo reuni energias para o enfrentamento da situação, no entanto quando acontece de forma sucessiva o desgaste do corpo é muito grande pois o consumo de energia é alto e viver nesse estado trará muitos prejuízos para saúde.

 

 

O que atrapalha um casamento?

🔹REDES SOCIAIS
Segundo uma pesquisa realizada por um grande escritório de direito de família dos Estados Unidos, um em cada três divórcios ocorre por conta das redes sociais. As redes sociais quando são usadas de forma descontrolada resultam em infidelidade online, comparações de relacionamento, perda de comunicação, a noite romântica e de conversas agradáveis dá lugar à troca de mensagens, o cônjuge é substituído pelo celular, além do compartilhamento da vida privada.


🔹INDIVIDUALISMO
Tendência de quem pensa somente em si próprio, o individualista é uma pessoa egoísta e egocêntrica. Na relação conjugal é importante que os dois sejam beneficiados, quando isso não acontece é natural que uma das partes exija para si os mesmos benefícios que o outro possui.


🔹DINHEIRO
Gastar muito dinheiro de forma desnecessária ou ser muito mesquinho são comportamentos que contribuem para desgaste de muitos relacionamentos resultando muitas vezes em brigas e até separações.


🔹FALTA DE TEMPO
50% dos casais brasileiros confirmam que dedicam mais tempo ao trabalho do que à relação conjugal, tornando a distância entre o casal prejudicial e favorável para a falta de conexão. O trabalho é um dos fatores da falta de tempo, por isso cada casal deve identificar o que está tomando o tempo do seu relacionamento.


🔹FALTA DE DIÁLOGO
A falta de diálogo na relação leva o casal a experimentarem desencontros emocionais, baixo interesse sexual o relacionamento pode cair na rotina e resultar em uma situação insustentável e de difícil recuperação.


🔹PORNOGRAFIA NO CASAMENTO
•Prejuízos ao relacionamento:
redução da satisfação, segredo, infidelidade, redução da intimidade, entre outros.
•Violência contra as mulheres:
existe a preocupação de que a pornografia aumente a violência contra a mulher, objetificação, submissão feminina. Tal preocupação ocorre porque majoritariamente a mulher é tida como objeto sexual da satisfação masculina.
•Aspectos socioculturais:
Nesse aspecto o que ocorre é uma comparação e idealização a respeito de como o corpo deve ser e como o desempenho sexual deve acontecer, entretanto a comparação é injusta, pois tais trabalhos são realizados após grande preparação dos envolvido

Posicionamentos familiares: tipos de pais

Hoje vamos falar um pouco sobre alguns tipos de pais. É importante estarmos cientes de como estamos nos portando na nossa família. Pois toda a vez que tomamos consciência de algo, damos a chance para nós mesmos mudarmos.

👉Veja alguns tipos de pais. Você se identifica com algum deles?

🔹Características de um pai ausente
• Indiferente
• Impotente
• Irresponsável
• Egoísta
• Trabalho em excesso

🔹Características de um pai autoritário

• Fechado ao diálogo
• Imaturo
• Sempre tem razão
• Debocha dos fracassos dos filhos não dando o devido valor
• Não consegue acompanhar as mudanças da realidade

🔹Características de um pai submisso

• Não tem voz ativa no lar
• Independente da situação não toma iniciativa
• Depende da mulher e dos filhos para tudo
• Não é modelo a se seguir
• Tanto a esposa quanto os filhos ficam dominando o pai

🔹Características de um bom pai

Presente
• estar presente sob qualquer circunstância. Em resumo ser pai é dar afeto, atenção e entrega aos filhos, independentemente da distância física.
Participativo
• ser participativo é dedicar tempo de qualidade à companhia que os nossos filhos nos dão.
Ativo
• as crianças querem se divertir e não há limites para eles. Faz parte de ser pai manter os filhos entretidos mesmo quando não é possível sair de casa, porém as opções também são muitas, como cozinhar juntos, dançar, cantar, ler e jogar entre tantas outras opções.
Ser autoridade sem ser autoritário
• pai com autoridade tem também empatia, paciência, generosidade, humildade e não tenta ser ouvido por meio de gritos e imposições.

PAPEL DE PAI

👉Pai nasce pronto?

🔹Pai não nasce pronto e nem é preparado para isso. Em nossa cultura não existe uma preocupação em ensinar como ser pai. No entanto, a paternidade é intensa quando assumida da forma correta, pois exige entrega, dedicação, tempo e paciência. Imaginem quando a entrega ocorre por uma única parte. Por isso é importante dividir as tarefas, é necessário que ambos participem do processo de desenvolvimento dos filhos.

👉A participação do pai em outros contextos.
Após os primeiros meses onde a mãe fica mais tempo com bebê por conta da amamentação e da licença maternidade, o pai deve estar presente nas atividades do dia a dia como ir ao pediatra, frequentar as reuniões escolares e em caso de emergências médicas, estar junto mesmo quando o horário corresponder ao expediente de trabalho.

👉A importância de dividir as tarefas.
A divisão das tarefas deve ser realizada em família sempre buscando equilíbrio entre as partes. “Pesquisas apontam que a figura paterna permite que criança tenha acesso ao contato social de maneira mais segura proporcionando o equilíbrio que a criança necessita” (Psicóloga Márcia Orsi). A pesquisa aponta também que os pais que impõe limite e ajuda o filho a ter noção de certo e errado são atitudes decisivas para a formação do caráter, além de fazerem parte da função paterna.

👉O pai participativo
O pai que participa ativamente da vida do filho contribui para o fortalecimento da vida individual e social, promove autoestima, segurança, independência e estabilidade emocional (Márcia Orsi). Dessa forma, é fundamental que os pais separem um tempo para brincar, ler, estudar e conversar com os filhos.

👉O pai é o primeiro “outro” na vida do bebê, em outras palavras, o pai é a primeira pessoa que aparece na relação mãe bebê. “A criança percebe os pais como pessoas diferentes. O pai aparece como figura protetora enquanto a mãe representa o cuidado. Uma criança que tem um pai presente e participativo cresce se sentindo mais segura” (Betty Monteiro).

COMUNICAÇÃO SAUDÁVEL EM FAMÍLIA

👉A comunicação pode ser entendida como habilidade ou capacidade de estabelecer um diálogo onde as partes envolvidas falam e escutam. O problema é que muitas coisas estão interferindo nessa dinâmica tão importante para o bem estar de uma família. Listamos algumas dicas que podem ajudar no bom andamento da relação familiar:

🔹Tecnologias na medida certa.
As horas navegando em redes sociais fazem com que negligenciamos a presença de quem realmente está ao lado.
É necessário que existam horários estabelecidos para cada atividade, pois as conversas ao vivo são de extrema importância para o bom relacionamento da família.

🔹A hora do casal!
Parece estranho, mas muitos casais se perdem na excessiva atenção aos filhos ou com outras atividades e se esquecem que ter um tempo juntos tornará o relacionamento mais saudável. Esse tempo vai contribuir para tomadas de decisões, planejamento familiar e bons momentos recheados de risadas e palavras de afeto que possam motivar e impulsionar o crescimento um do outro. Um ambiente onde os pais são unidos favorece o desenvolvimento dos filhos.

🔹Quando situações difíceis baterem à porta.
A vida em família também passa por momentos difíceis e não importa qual seja a dificuldade, o importante é não carregar os fardos sozinho. Viver em família significa dividir as alegrias e também as tristezas, ninguém deve sofrer sozinho. Por isso, é importante olhar a vida com mais leveza e compartilhar as dores e angústias sem buscar culpados ou responsabilizar quem não merece.

🔹Obrigado?
Sim! Algumas situações são tão comuns que o agradecimento ficou no esquecimento. A refeição preparada, a louça lavada, as compras do mercado são exemplos de situações comuns que exigem tempo e dedicação de um dos membros da família. Sendo assim, o “obrigado(a)” deve ser usado sem moderação, afinal gentileza é sempre bem-vinda.

🔹O melhor NÃO que alguém pode receber.
“Não” quando é dito com sabedoria, vem carregado de amor e contribui com a correção e a educação do outro, entretanto se alguém diz sim somente para agradar o outro ou se livrar de algum problema, as consequências podem ser piores no futuro.

Por que a família do paciente bipolar pode precisar de psicoterapia assim como ele?

Em um primeiro momento a família pode precisar de acompanhamento psicoterápico, por dois motivos: o distúrbio pode afetar todos que convivem diretamente com o paciente e segundo, porque é necessário existir orientação a respeito de como lidar no dia a dia com os portadores do transtorno.

Mas afinal, o que é ou como é esse transtorno?

O transtorno bipolar é caracterizado pela mudança abrupta do humor que oscila entre episódios de depressão e mania. As crises possuem variações quanto a intensidade, durações e frequência com que elas ocorrem.

As oscilações refletem de forma negativa nos pacientes, uma vez que eles respondem exageradamente aos fatos ocorridos e ao que serviu como gatilho para tal reação.

O público mais afetado com esse transtorno está na faixa dos 15 aos 25 anos, podendo atingir crianças e pessoas com mais idade.

Os manuais internacionais de classificação diagnóstica (DSM.V e o CID-10), classificam o transtorno bipolar nos seguintes tipos:

  • Transtorno bipolar Tipo I

O portador do distúrbio manifesta períodos de mania, que duram no mínimo uma semana, e fases deprimidas, que se estendem de duas semanas a vários meses. Seja na mania ou na depressão, os sintomas são intensos e resultam em mudanças comportamentais e de condutas de forma bastante acentuada, que por vezes comprometem relacionamentos afetivos, familiares e sociais, além de atrapalhar o desempenho profissional. Dependendo da intensidade do quadro pode ser necessário o internamento por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

  • Transtorno bipolar Tipo II

Neste tipo também existem alterações de humor, no entanto são menos intensas. A mudança entre os estados de depressão e os de hipomania (condição mais leve da euforia e agressividade), acontecem sem muitos estragos nas atividades e convívio geral do portador.

  • Transtorno bipolar não especificado ou misto

Apesar dos sintomas sugerirem o diagnóstico, eles não são suficientes tanto em números de acontecimentos, quanto na duração dos episódios. Dessa forma não se enquadram nos tipos anteriores.

  • Transtorno ciclotímico

Encontramos aqui o quadro mais leve do transtorno, sendo marcado por alterações crônicas do humor, que podem acontecer no mesmo dia. O paciente transita entre sintomas de hipomania e de depressão leve, que muitas vezes são interpretados como temperamento instável ou irresponsável.

Entre as causas do transtorno bipolar, estão fatores genéticos, alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores que estão envolvidos. Obviamente que as causas não se limitam apenas a esses fatores, outras questões como episódios recorrentes de depressão ou início precoce dessas crises, puerpério, estresse prolongado, remédios inibidores do apetite e disfunções da tireoide, como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo também podem contribuir com o surgimento do transtorno.

O diagnóstico do transtorno bipolar é clinico e realizado com base nos sintomas relatados pelo paciente e em sua história, além dos relatos dos familiares e amigos que também são levados em conta. Esse diagnóstico pode levar cerca de dez anos para ser concluído, uma vez que podem haver confusões de doenças como esquizofrenia, depressão maior, síndrome do pânico e distúrbios da ansiedade. É de extrema importância diagnosticar corretamente, porque assim será possível destinar o tratamento adequado ao portador.

Apesar de não ter cura, o transtorno bipolar pode ser controlado. O tratamento ocorre por via de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, que estão ligadas ao consumo de substâncias psicoativas, como álcool, cafeína anfetaminas, cocaínas entre outras. Aliado a isso é importante desenvolver hábitos saudáveis de alimentação, sono e diminuição no estresse.

Orientações para pacientes de transtorno bipolar e seus familiares:

  • Fidelidade ao tratamento é a melhor forma de prevenir o descontrole emocional e a frequência das crises, assim é possível levar vida praticamente normal;
  • Os remédios são ajustados com o avanço do tratamento, pois nem sempre fazem o efeito desejado nas primeiras doses;
  • Viver longas crises depressivas sem o cuidado adequado podem aumentar em 15% o risco de suicídio nos pacientes bipolares;
  • É comum pacientes buscarem alívio dos sintomas no álcool e em outras drogas, entretanto só agravam o quadro;
  • As mudanças entre as fases de depressão com a de mania dão a falsa ilusão de cura e que não necessitam de tratamento erro muito comum entre os pacientes.

Angústia

“Estou muito angustiado! Sinto-me completamente impossibilitado e despreparado para enfrentar a vida; não tenho casa, não tenho trabalho, nem ao menos tenho um relacionamento. Ao mesmo tempo em que tenho vários amigos, vários planos, e também saio com várias pessoas. O mais difícil é ver minha angústia se intensificando por minha pressa de resolver e solucionar o caos que minha vida se encontra. Não tenho mais tempo, preciso sair dessa situação, não sei se alguém pode me ajudar.”

O texto apresenta um relato que se aproxima da realidade de muitas pessoas, não quer dizer que ele tenha sido produzido exatamente dessa forma, pois a ideia inicial foi apresentar o sentimento da angústia e como pano de fundo o sentimento de fragmentação ou despedaçamento do sujeito, como se viver tal “sofrimento” colocasse fim na existência do indivíduo. É importante viver e atravessar esse momento, pois à medida que o indivíduo não é engolido pelos sentimentos e não se perde de si mesmo, um novo sujeito pode aparecer.

Estar angustiado e sentir-se despreparado para lidar com as adversidades da vida em certa medida, é normal. Também é natural que o ser humano viva dias de angústia, pois diante da vida dinâmica vivida nos dias atuais, por vezes o controle escapa das mãos. Quando a vida foge do controle uma das primeiras reações é se anestesiar a fim de não viver o “sofrimento”, as anestesias acontecem por muitas vias como o álcool e outros entorpecentes, além disso, tais caminhos servem de  anestésicos imediatos, mas que ao fim de cada dose o sentimento continua para ser resolvido.

Quando a angústia aparecer não se anestesie, deixe ela passar, viva o momento e se necessário busque ajuda para viver da melhor maneira possível, de modo que o resultado seja um sujeito reinventado e mais preparado.