Você sabe a importância da famosa naninha (também conhecido como objeto transacional) para os pequenos? Como isso impacta na sua independência?
Dos 6 meses aos 2/3 anos a criança passa a se perceber um individuo separado da mãe, passa a compreender que as pessoas e os objetos são partes do mundo externo e não mais de seu mundo interno. Um recém-nascido se vê como um só de quem executa a função materna. Nesse comecinho de vida do bebê (em um ambiente suficientemente bom) tudo lhe é fornecido de forma imediata, o bebê precisa desse cuidado, dessa dependência total do cuidador. Mas com o passar do tempo, por volta dos 6 meses, o bebê precisa começar a desenvolver sua independência, o cuidador passa a não corresponder de forma tão imediata, é necessário falar “espera um pouquinho, mamãe já vai”, essas “faltas” são necessárias para o amadurecimento físico e psíquico. Nesse processo a criança passa a desenvolver meios para controlar suas frustrações, apesar de ainda depender de seus cuidadores. Ela já percebe que não tem tudo quando quer. A criança então se apega a algum objeto, podendo ser a naninha, um paninho, um ursinho, e este objeto com o qual a criança se apega para satisfazer uma necessidade que não pode ser satisfeita pelo seu cuidador naquele momento é chamado de Objeto Transicional. Por meio deste objeto se forma um campo intermediário, composto pelo mundo psíquico íntimo da criança e também pelos objetos do mundo externo.
Resumindo, o objeto supre a FALTA! Se a criança usa o objeto em outras fases que não corresponde ao esperado (dos 6 meses aos 2/ 3 anos) é necessário observar que falta está havendo nessa criança e que possivelmente ainda não desenvolveu a maturidade para lidar com isso. Crianças assim, precisam de ajuda de um profissional para desenvolverem o amadurecimento diante das faltas, das frustrações.
Por fim, esse é um assunto que rende bastante conteúdo, podem existir diversas curiosidades e perguntas.
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